A Palavra do Ano

A palavra do ano como raízes para uma vida frutífera

Agora que o carnaval acabou, o ano finalmente começa. Talvez você já tenha feito sua lista de metas para o ano, mas eu queria compartilhar uma ideia que vi no insta de uma missionária (@hellenkreter): a Palavra do Ano. Ela disse que já faz isso há muito tempo e eu decidi testar. Metas são boas, mas me dá uma sensação de falha cada vez que “enfio o pé na jaca” e a ideia de uma palavra para me acompanhar durante o ano me pareceu interessante porque não tem esse peso, ao contrário, é um conceito para carregar comigo.

Eu estava a poucos meses de sair para o campo transcultural quando vi a postagem dela falando que escolhe uma palavra que tem a ver com o que ela precisa, com a fase de vida ou com algo especial que ela imagina para o ano, ou alguma das coisas que Deus está incomodando.

Logo pensei na palavra socorro!!! Sim, muitos pontos de exclamação mesmo. Era isso que sentia todas as vezes que pensava no que viria pela frente e todas as emoções que tudo me trazia. Na conversa com ela, me sugeriu a palavra flexibilidade. Disse que iria precisar disso muito no campo sempre, mas que nesses primeiros estágios mais ainda. Como ela é mais experiente no negócio, tomei para mim seu conselho e fui para 2023.

E olha, posso dizer sem a menor sombra de dúvidas que gritei por socorro muitas e muitas vezes. Continuo gritando, inclusive. Mas houve não poucos momentos que no processo de desmonte de quem eu sou, de morte sem saber o que viria pela frente, me lembrei da palavra e ela me ajudou a confiar a Deus o que sou, quem eu sou e que faço. Queria me agarrar ao que era, ao que fazia, ao antigo por não ter ideia do que viria pela frente.

Pensei em dizer não para várias coisas pensando que aquilo não tinha nada a ver comigo. Mas me lembrava da palavra flexibilidade e decidi ir trucando, quer dizer, fui dizendo “sim” com a boca ainda que dizendo “nada a ver” no coração, esperando que Deus desse a palavra final sobre a situação.

“Queria me agarrar ao que era, ao que fazia, ao antigo por não ter ideia do que viria pela frente.”

E assim, fui aprendendo realmente o que é flexibilidade. Já deveria saber por que sou casada há 22 anos, e realmente precisa ter jogo de cintura e muito Jesus na causa. Mas em termos de vida multicultural descobri que aqui também, realmente, precisamos de flexibilidade para ir descobrindo aos poucos o porquê Deus nos chamou a esse campo, a essa nova vida e para essas novas tarefas e rotinas.

Não descobri tudo, claro. Tenho um caminho pela frente. E a palavra desse ano é outra. Estabelecimento. É uma nova etapa nessa transição e algumas coisas novas que já começaram precisam ser definidas e ganhar sustância, as raízes precisam crescer para sustentar a vida. Coisas que não consegui fazer porque não tinha cabeça, podem aos poucos serem retomadas, coisas que trazem um certo senso de familiaridade para a nova vida.

Nas suas reflexões com Deus e consigo mesmo, já descobriu qual a sua palavra do ano? Faz o teste.

Leia muitos outros artigos relacionados à vida da Mulher Multicultural no Blog CMM e na página do Instagram

Arite Julia

Casada com Creuse Santos, mãe do Noah e Manuela. Duas mãos, muitas ideias, um caos no seu infinito particular. Ama as Escrituras, a educação, as amigas, tricô, crochê, Patchwork e férias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima