Conhecendo a nossa verdadeira identidade
Em Gênesis, quando a trindade estava conversando sobre a criação do homem e da mulher, diz que ela seria a “auxiliadora idônea” que o homem precisava. A palavra ajudadora, é a que, na minha opinião, define melhor a feminilidade. E não tem a ver com ter filhos ou sexo. Tem a ver com a essência de quem somos como seres humanos femininos. A palavra Ezer (auxiliadora) é usada na bíblia apenas para descrever a Deus e a mulher. O dicionário hebraico define como: socorro, aliado, suporte, protetor, aquele que providencia o necessário para ajudar alguém em necessidade. Poder e força para cumprir uma tarefa.
Deus é o auxiliador da vítima, do órfão, do necessitado e do aflito. “Mas tu enxergas o sofrimento e a dor; observa-os para tomá-los em tuas mãos. A vítima deles entrega-se a ti; tu és o protetor do órfão.” (Sl. 10:14) “Pois ele liberta os pobres que pedem socorro, os oprimidos que não têm quem os ajude.” (Sl. 72:12)
Deus é nosso ajudador, auxílio, apoio, força e escudo. “Do santuário te envie auxílio e de Sião te dê apoio.” (Sl. 20.2) “O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças.” (Sl. 28:7) “Nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção” (Sl. 33:20). Não é pouca coisa, nem de menos.
É um trabalho executado pelo próprio Deus e abrange proteção, consolo e compaixão. “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: de onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.” (Sl. 121: 1,2). Usado aproximadamente 80 vezes no Antigo Testamento, indicando apoio militar, mas também ajuda material e espiritual. Também seu correlato no Novo Testamento é usado para algumas funções do Espírito Santo como Encorajador, que ensina e testemunha a respeito de Jesus como salvador e convence do pecado, do juízo e da justiça. (João 14.16; 15.26; 16.7 e 8).
Como mulheres filhas de Deus, somos as representantes físicas de Deus para esse homem, para essa família, para a sociedade, para o mundo onde vivemos e servimos. Antes de tudo, somos eternamente o que ele nos fez: suas filhas, e nada vai mudar essa nossa posição. Por causa disso, nós temos uma tarefa: Ele nos usa para sermos seus pés, suas mãos e sua boca.
Deus é a nossa força e por isso somos e damos força para as pessoas ao nosso redor. Ele é nosso socorro, então estamos sempre pensando em como ajudar as pessoas que precisam. Deus é o dono da vida, e é no corpo das mulheres que o milagre da vida acontece.
A palavra idônea é Nagdô, no dicionário hebraico, ela significa: igual e adequado. De igual valor. Do mesmo modelo e padrão, que olha no olho. Ou seja, Deus não nos fez inferiores aos homens, mas somos iguais em valor, mas muito diferentes em essência e funções. Por isso, no nosso campo de atuação, mesmo fazendo as mesmas coisas, fazemos as mesmas coisas de maneira diferente. Porque nosso foco é (por norma) diferente dos homens. E tudo bem. Somos diferentes, mas iguais em valor. Não importa como a cultura onde você está percebe o seu valor ou importância. Somos a imagem e semelhança de Deus. E isso vale muito.
Somos esse suporte, essa força, essa batalhadora em primeiro lugar em nossas casas, dando apoio, sendo a força e fazendo o gerenciamento da vida de todos na casa. A mulher é fonte de força, ânimo e proteção para o marido e filhos, e também para a família estendida e da fé. Somos as que persistem na oração pela família, que anda com o filho FTC* na dependência de Jesus, um FTC que sabe o que é sofrer e não ser aceito porque é diferente.
Como trabalhadoras multiculturais, nossa identidade como mulher multicultural somente pode ser vivida no seu máximo potencial quando estamos ligadas à quem, com toda sabedoria nos fez assim, à sua Imagem e Semelhança, para ser essa representante dEle. Nossa identidade não está nem em nossa cidadania, nem em nossas funções e chamados. Nossa identidade está em sermos filhas de um Pai amoroso que atua por meio de nós para levarmos o amor a um mundo que chora em muitos idiomas.
FTC* ( Filho de Terceira Cultura)
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