É possível manter um relacionamento conjugal saudável, apesar das pressões de viver em uma cultura diferente
A partir do momento em que um casal decide abraçar o ministério transcultural, eles passam a vivenciar uma série de desafios únicos que costumam, em algum momento, afetar a vida familiar. Em se tratando do relacionamento do casal, é muito importante que os dois estejam igualmente empenhados em protegê-lo com uma atitude preventiva (para prevenir crises) em vez de reativa (tentar fazer algo depois que o problema surge).
Aqui estão cinco atitudes que casais vivendo em um ambiente transcultural podem adotar para preservar a saúde do seu relacionamento:
1. Comunicação aberta e honesta:
A comunicação é a base de qualquer relacionamento saudável, e isso se torna ainda mais perceptível em um ambiente transcultural. É importante que o casal fale abertamente e honestamente sobre suas expectativas, medos e desafios, desde antes da mudança.
Eles devem se esforçar para entender as diferenças de personalidade um do outro e como isso faz com que cada um responda às demandas da nova cultura.
2. Não abrir mão do tempo do casal:
Em um ambiente transcultural, é fácil ficar tão envolvido nas atividades do ministério que o tempo juntos pode ser esquecido. É importante que o casal faça um esforço consciente para ter um tempo a sós, sem os filhos, colegas de ministério ou amigos por perto. Isso pode significar planejar um dia/horário específicos na semana ou simplesmente passar um tempo juntos todos os dias. Isso pode não ser fácil para quem tem filhos muito pequenos, não tem rede de apoio ou está passando por dificuldades financeiras.
Mesmo se for esse o caso, sejam criativos! Adotem o hábito de pôr as crianças para dormir mais cedo e ficar juntos na sala, ler um livro em voz alta, jogar juntos, acompanhar um filme/série ou simplesmente conversar.
3. Ter conselheiros:
Ter conselheiros é essencial para qualquer casal, mas é especialmente importante para obreiros transculturais. Seja um casal mais experiente ou um líder, o importante é contar com alguém que esteja comprometido em apoiá-los emocionalmente, espiritualmente e também como intercessor.
Muitas vezes, quando estamos emocionalmente muito envolvidos com algum problema, não conseguimos enxergar soluções e precisamos da ajuda de alguém neutro, imparcial e sábio. Essa ajuda pode ser valiosa para ajudar o casal a navegar pelos desafios do dia a dia, desenvolver maturidade cristã e evitar que pequenos conflitos acabem tomando maiores proporções.
4. Não negligenciar a vida íntima do casal:
É verdade que o cansaço do dia a dia pode nos fazer pensar que o sexo não é importante; no entanto, essa é uma mentira que pode trazer consequências sérias para o relacionamento. O sexo faz bem à saúde física e emocional, aumenta a conexão e protege o casal das tentações.
É fundamental que vocês possam, de tempos em tempos, se olhar nos olhos e lembrar de que antes de serem pais ou obreiros transculturais, são marido e mulher.
5. Ter um compromisso com Deus:
Por mais contraditório que possa parecer, muitas vezes as demandas do ministério transcultural nos ocupam tanto que acabamos esquecendo de investir em nosso tempo com Deus. O casal deve se comprometer a priorizar momentos de oração e leitura da Bíblia regularmente. Eles devem buscar um relacionamento íntimo com Deus e um com o outro, fortalecendo-se e ministrando-se mutuamente.
Preservar um relacionamento saudável em um ambiente transcultural pode ser desafiador e exige dedicação, mas é perfeitamente possível com esforço e boa vontade. Comunicação aberta e honesta, tempo juntos, bons conselheiros, uma vida íntima prazerosa e compromisso com Deus são apenas algumas das maneiras pelas quais um casal pode fortalecer seu vínculo, investir em sua saúde emocional e ter um ministério transcultural frutífero.
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Débora Melo Pessoa é professora de Francês, Graduada em Secretariado e pós-graduada em Antropologia e Jornalismo Digital.
Em 2014 ela se mudou com seu marido e os filhos do casal para o Senegal, onde desenvolvem projetos de ensino, empreendedorismo social e desenvolvimento comunitário.
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