A essência da mulher multicultural

A verdadeira essência não se encontra nos rótulos

Nestes dias nosso filho adolescente me ensinou a jogar Plant vs Zombie.  No inicio foi muito difícil,  em vez de me distrair jogando, eu acabava mais estressada. Porque para passar para a próxima fase, era necessário vencer o desafio da fase atual. Além disso, o jogador vai conquistando novas ferramentas mais eficazes para matar os zombies mais poderosos das fases seguintes.

Agora sim, entendi como funciona e  já consegui desbloquear todas as fases do Plant vs Zombie 1!

Este desafio me fez lembrar das fases de minha vida quanto ao celibato, casamento e maternidade. O estado em que me encontro não é o que me define como mulher, mas é o que me capacita para novas fases da vida.

Fui viver em outro país solteira e pude desfrutar 100% deste tempo com alegria e dedicação exclusiva para o ministério que Deus me confiou. Sem dúvida que, em alguns momentos, senti solidão e desânimo, no entanto, mesmo a mulher casada pode se sentir assim.  A vida de solteira tanto como a de casada são cheias de desafios, ambas necessitam da graça de Deus para poder vencer cada dia. 

Lutas internas e externas, provas diárias que após vencidas só fortalecem a nossa fé. Vendo por este lado, podemos entender melhor que o combate  não é devido a meu estado civil ou em que estou dedicada no momento, seja porque estou solteira, recém-casada ou cuidando de filhos. As dificuldades  que enfrentamos em cada fase, são processos pedagógicos que nos servem para formar nosso caráter, afirmar nossa identidade de filha  amada de Deus e nos equipar para os novos desafios que virão em nossa vida.

A cada fase da vida vamos crescendo no autoconhecimento, passando a contemplar a beleza de ser mulher, independente de ser solteira, casada ou mãe. Vamos conquistando ferramentas para administrar nossas próprias emoções e sentimentos baseados no valor que Deus nos dá e não em como a sociedade nos qualifica ou exige de nós. Não podemos permitir que os rótulos nos defina, porque as funções que exercemos não podem expressar a essência de quem somos verdadeiramente. Deste modo, procuro viver feliz comigo mesmo, fazendo o que gosto e o que tenho capacidade de fazer, desfrutando da companhia de quem está ao meu lado, seja de uma  amiga, esposo ou filhos e, sobretudo, procurando cultivar um relacionamento mais profundo com Jesus. 


Daniela Condor

Colaboradora da redação do Blog CMM, esposa, mãe, servindo entre culturas desde 1995. Atualmente vivendo em um país da África Ocidental.

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