Celebrando o melhor do Natal fora da pátria
Ontem, porque precisava terminar com as minhas compras de Natal, decidimos fazer um programa em família num dos centros comerciais da cidade. Penso que nós e todos em Lisboa tivemos a mesma ideia e por isso foi difícil encontrar um lugar para o carro no parque de estacionamento, um restaurante onde não houvesse filas e um lugar para nos sentar e almoçar…
Enquanto estávamos ali sentados para comer, fiquei pensando naquela multidão a nossa volta. Eles, como nós estávamos ali com o objetivo de, apesar da crise, consequência da pós pandemia, da guerra na Europa e dos desafios inerentes, preparar tudo para que o Natal fosse realmente uma festa especial, onde reunimo-nos em família, trocamos presentes, comemos, bebemos e celebramos.
Mas, o que há realmente para celebrar no final das contas? Uma festa religiosa que se repete todos os anos? O nascimento do menino Jesus, que a cada ano é posto de volta no presépio lá de casa? Mas afinal “não era ele o filho de José?” (Mateus 6:42).
Após a multiplicação dos pães, grande multidão seguiu a Jesus até Cafarnaum.O Senhor sabia que eles o seguiam porque tinham comido e ficado satisfeitos e não porque compreendiam o significado da sua presença.
E lhes ensinava: “Trabalhem, não pela comida que se acaba, mas por aquela que dá a vida eterna, a que o Filho do Homem vos há de dar…” (João 6: 27).
Se há uma época em que muitos ficam satisfeitos é nesta época do ano onde Jesus divide a audiência, com as práticas religiosas, o Papai Noel, as compras e a mesa farta.
Se eu parafraseasse o ensino de Jesus, talvez pudesse dizer: “Festejem não pela comida que se acaba, mas por aquela que dá a vida eterna” É neste contexto que Jesus se apresenta como o verdadeiro pão que veio do céu e o único que dá vida aos homens.
“Eu sou o pão que dá vida. Aquele que me aceita nunca mais há de ter fome e o que acredita em mim nunca mais há de ter sede”. Ao ouvirem esta e outras afirmações, os judeus ficaram surpreendidos e perguntavam se entre si: “Não é esse o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como ele pode dizer que desceu do céu?” (João 6:33,42).
Não há nada de errado em celebrar o Natal. A alegria que envolve a cidade, reúne as famílias e desperta o coração dos homens e mulheres, é muito importante. Mas, a verdade é que corremos o risco de estar tão atarefados em correr para preparar a festa e celebrar que nem sequer percebemos que o Pão da Vida, que é centro do Natal é para muitos ainda apenas o filho de José ou ainda um profeta entre outros. Esbarramo-nos com a verdade do Cristo (Emanuel o Deus conosco) e não percebemos que tal qual a multidão que seguia a Jesus por fartura, nós também podemos celebrar sem ter e praticar sem saber que “aquele que come deste pão vive para sempre.”
E você como celebra o Natal? O Que isto tem a ver consigo? Na Cultura onde está inserida, qual o significado do Natal e o quanto esta altura do ano desafia a celebrar e a mostrar à sua volta, o verdadeiro sentido do Natal?
Arlete Castro
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