Os Desafios de Ser Mãe Multicultural

Uma Mãe em Construção

Após o nascimento da minha primeira filha em Abril de 2024 tudo mudou. O meu foco, atenção, decisões simples e complexas e principalmente o tempo. Ela nasceu no Brasil, mas depois de três meses voltamos para o Sul da Ásia.

Chegando aqui percebi que ainda tinham muitas mudanças acontecendo. Em algumas perspectivas posso dizer que perdi parte do meu tempo. Tempo para cuidar da casa, roupas, tempo de estar sozinha, tempo de assistir um filme, sair de casa para encontrar pessoas ou fazer compras. Porém ganhei tempo com minha filha, tempo de viver um sonho que chegou, tempo de amamentar, trocar fraldas, dar banho, colocar pra dormir e ganhar um sorriso largo e sincero toda vez que ela acorda.

“ficar em casa” também glorifica a Deus e também é um ato de servir ao Reino.

Foto da autora

Com essa nova identidade de mãe me sinto perdida nas demais, menos de esposa. Como esposa foi fácil porque meu esposo esteve muito presente e foi intencional desde os primeiros dias em manter nosso “momento “, dias especiais e atitudes de carinho e amor que se tornaram mútuos. Como mulher multicultural estou aprendendo a viver de outra forma.

Agora as visitas precisam de mais tempo e planejamento. As reuniões que preciso estar presente são divididas entre os cuidados com o bebê e é normal perder uma parte do raciocínio. Uma coisa que aprendi antes da gestação e que faz sentido agora é que “ficar em casa” também glorifica a Deus e também é um ato de servir ao Reino.

Foto da autora

Cuidando da casa e da nossa filha com entrega e amor sou testemunho do amor e cuidado de Deus por nós. Estando em casa envio meu esposo para servir aos jovens da nação a qual servimos. Sou multiplicadora do que ele exerce com tanto zelo, logo nossa família tem servido com zelo.

Um trabalho silencioso, sem holofotes ou grandes reconhecimentos. Estamos prontas para isso? Um trabalho repetitivo em casa, cansativo e sem glória? Para lutar contra o cansaço e as vezes com o tédio? Confesso que as vezes sinto falta das câmeras, holofotes e reconhecimento, mas tenho encontrado prazer e alegria nessa fase.

A familia sempre foi um desejo e Deus me deu com muita graça. A maternidade sempre foi um sonho e ele aconteceu. Eu sei que fui gerada para ser esposa e mãe. E antes de tudo sou filha de um Deus presente, amoroso e soberano, por isso desejo obedece-lo em todos os meus papéis.

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Lucia Pacheco

Sou casada, mãe de uma menina linda. Formada em Jornalismo em 2008 e amo contar histórias. Como mulher multicultural o que mais tenho alegria em fazer é cuidar de pessoas. Minha família e eu moramos no Sul da Ásia.

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